quarta-feira, 24 de março de 2010

O que circula na rede virtual - Setor Noroeste


Até quando a mãe terra vai ser estuprada, abusada, usurfruída, sem respeito e gratidão por tudo que ela nos dá? 
Todo o alimento que comemos vem da terra. Não importa o grau de industrialização, se fizermos o caminho inverso até a materia-prima chegaremos à Terra e aos seres que ela gerou. E ainda assim, os ricos e poderosos destroem o que ela cria para o seu prazer e conforto. Pura ambição, pura ganancia. Tudo está interligado. A falta de cuidado e carinho com a mãe natureza gera a falta de carinho e respeito para com as pessoas. A falta de consciência do valor da Terra gera alienação, consumo desenfreado e desperdício. Gera o lixo descartado como se não fosse nosso, nossa responsabilidade. Gera a indiferença ante a destruição do cerrado tão precioso, tão diverso. Deixo com vocês mensagens referentes ao setor noroeste. Que estas ao menos façam pensar, para num futuro podermos agir.



Olá pessoal, crime ambiental sério, na surdina da correria de fim de ano. O estadão divulga e o correio braziliense nada... Esse setor noroeste se mostra cada vez menos ecológico.

Já que pela legislação brasileira fica difícil controlar os desvios do dinheiro público e as decisões contrárias aos interesses da comunidade, faço uma oração:

Que os responsáveis pelas políticas públicas tenham consciência ambiental, sejam honestos consigo mesmos e com o povo que representam, esse grande povo brasileiro!
Que percebam que todo o bem que fizerem voltará em dobro para eles, assim como seus erros.
Que todos estamos interligados.
Envio uma onda de otimismo, de esperança, pois a verdade, o caminho do equilíbrio, do respeito trará fartura aos que o trilharem. E está aí, para quem quiser viver com paz de espírito, saúde, amor e alegria.
Vamos todos pensar positivo, falar positivo e agir positivamente.
Vamos viver em união, dentro da cooperação que permeia todos os níveis da vida do planeta que nos sustenta.
Vamos construir círculos virtuosos começando por nós e nosso círculo de relacionamentos, e mudaremos este mundo para melhor.

Abraço a todos,
Laura Cavalieri







Tenho uma estreita ligação com o Parque Ecológico Burle Marx, pois a mais de vinte anos que eu já pedalava de bicicleta naquela área, a caminho da Água Mineral (Parque Nacional de Brasília), ou mesmo a passeio sem destino.

Ainda antes de ser Fiscal Ambiental, apaguei um princípio de incêndio florestal por ali, quando ainda era Parque Ecológico Norte, seu nome de batismo. Utilizei uma velha lona para abafar as chamas que criminosamente foram iniciadas por algum inconsequente piromaníaco.

Por lá também fui namorar com a mulher que viria a ser minha 1ª esposa, num velho jipe vermelho de 1952.

Morando no Cruzeiro Velho e trabalhando na SEMATEC na 511 norte, cortava de bicicleta aquele cerrado, enfrentava os trechos de areião de difícil transposição com o coração bombeando forte. Chegava no trabalho suado e feliz.

Certa vez, havia um caminhão carregado de entulho a caminho de um despejo clandestino, e eu de bicicleta o persegui até pará-lo acintosamente impondo minha autoridade de maluco, e não pela minha autoridade ambiental. A princípio ainda houve uma tentativa de desviar de mim e da bicicleta, mas diante da minha incrível velocidade e inconsequência, o motorista percebeu que não era páreo para tal loucura. Ou parava, ou seria um assassino. Devidamente orientado por mim, o motorista foi-se embora provavelmente para jogar fora sua tão horrorosa carga longe dos meus olhos. Ainda lembro da sensação do dever cumprido.

Mas foi com tristeza que recebi oficialmente a denúncia do desmatamento no Parque Burle Marx neste 23 de dezembro, feito por daquelas mulheres ciclistas, membros da ONG Rodas da Paz. Imediatamente me dirigi para lá, desta vez de motocicleta. Confirmada a denúncia, me abati com a visão do terrível desmatamento, com a inexistência daquele cerrado que conhecia tão bem, que amava e admirava.

Aplicada as penalidades de embargo e multa de 250 mil reais (valor máximo conforme nossa lei), me abati diante daquela pior agressão ambiental que vi nestes dezesseis anos de profissão.

Foi desmatado o melhor do cerrado. Aquelas arvores tortas que aprendemos a admirar e amar, estavam derrubadas formando grandes leiras. Não identifiquei as espécies mas com certeza pequizeiros, paus-d'óleo, barbatimãos, sucupiras e tantas outras devem estar agonizando naqueles montes formados pela lâmina e força do grande trator de esteira, estacionado em silêncio como prova do crime.

Os engenheiros responsáveis (ou irresponsáveis) apresentaram uma documentação falha, uma licença genérica emitida pelo IBAMA que não contemplava a invasão, o desmatamento e as demais obras no Parque Ecológico Burle Marx.

Existe um projeto sem  o mínimo critério ambiental para o Parque, e que não foi aprovado pelo IBRAM, que contempla a construção de quatro lagoas abastecidos pelas chuvas, visando promover a infiltração da água no solo. Águas pluviais  que escoariam desde o Setor Militar Urbano. As lagoas seriam construídas justamente na área de cerrado sobrevivente, área considerada intangível por todos ambientalistas e técnicos do IBRAM. As áreas anteriormente degradas foram solenemente ignoradas neste insano projeto. E ainda contempla o abastecimento destas lagoas no período de seca, por poço artesiano ou outra alternativa ainda a ser estudada. Mas se o objetivo é de que as lagoas promovam a infiltração das águas de chuva, como mantê-las cheias durante a seca? Coisa de maluco, incompetente ou idiota. Talvez uma combinação de todas estas qualidades. Não vejo outra alternativa para qualificar o autor desta sandice.

Mas o Setor Noroeste não é um bairro ecológico?

Estou passando esse 24 de dezembro bastante triste, sabendo que a cidade em que nasci está fadada a ser apenas mais uma megalópole de trânsito caótico, onde aquele projeto de 500 mil habitantes foi devidamente sepultado por uma câmara legislativa (essa não merece ser escrita com maíusculas) repleta de deputados que se locupletam diante de câmaras escondidas.

Espero que seu Natal seja mais feliz que o meu.

24/12/2009


Lula
Luciano de Castro Teixeira
Fiscal de Atividades Urbanas-Controle Ambiental

terça-feira, 23 de março de 2010

Nave Gaia

Mãe terra
Rainha Gaia
Aqui estão seus súditos
Tripulantes
Pedindo Indulto
Perdãp
Clemência
Pelos que falseiam a vida
Desprezando
Contaminando
Com esgotos
Chorume
Lixões
O sagrado solo
Por todos os lados
Banalizam a morte
Nas nascentes
Nos rios
As águas dos mares
Fedem aos borbotões
São veias entupidas
Por dejetos
E entulhos inservíveis
Debilitando
Teus silos
Teus olhos
Tua mata ciliar
Estão definhando
As poucas matas e florestas
Torram
Viram pó
Curupiras
Curumins
Caiporas
Deram no pé
À procura de outro paraíso
Nave Gaia
Não saia da raia
Reaja ao jogo do bandido
Não se dê por vencida
Não entregue seu legado
Portador de vidas.
Quando nos apercebemos da fragilidade da vida, e como dependemos de tudo, só podemos nos curar, e aos outros com amor... nós somos o mundo.




senhores turistas,
eu gostaria de frisar mais uma vez
que nestes blocos de apartamentos
moram inclusive pessoas normais.

Pau Brasília contra a fome

VOCÊ, MORINGA OLEIFERA E PAU-BRASÍLIA CONTRA A FOME!

Contra a fome, comida. Parece simples e é. E o melhor: não custa nada. Aliás, custa apenas o seu “esforço” para plantar uma semente. Fácil, não?

CAMPANHA DE DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
DE SEMENTES DE MORINGA OLEIFERA

Moringa oleifera é uma hortaliça arbórea, nativa da Índia, de até 8 m de altura. É planta rústica, tolerante a solos pobres e de crescimento extremamente rápido.
Nenhuma outra planta comestível tem tanta vitamina A quanto a Moringa (sete vezes mais que a cenoura, por ex.). Quando as mudas atingirem 50 a 80 cm de altura, plante-as em local definitivo, com distância de 4 a 6 m entre elas. Ela não tolera sombra nem solo encharcado. Cuidado com as formigas!
Consumir as folhas novas, sem os talos, em sopas, sucos, omeletes, etc. Os frutos novos (vagens) também são consumidos. Ajude-nos a incluir a Moringa oleifera na merenda escolar.

Apresentação

Usina é um coletivo concebido na CEU com o intuito de direcionar uma nova possibilidade de organização do estilo de vida, trazendo conceitos como artesanal e reutilizado para o cotidiano.
Esse laboratório de transformação “das coisas e das pessoas” quer despertar a consciência para o Equilíbrio Sustentável, no uso e no descarte de materiais. Também desejamos envolver a comunidade no debate em torno da relação sujeito X objeto na sociedade de consumo, capacitando-a para a reflexão social e a criação artística/artesanal.
Usina virtual é o espaço cibernético criado para compartilhar idéias sobre o meio ambiente, artesanato e cultura. Um lugar onde você pode e deve expor suas opiniões sobre o tema. Aqui você também vai encontrar links para sites interessantíssimos, e a programação das oficinas. Siga-nos! Estamos a caminho da mudança.